quarta-feira, 10 de agosto de 2022

TRABALHO AVALIATIVO 1

 

TRABALHO AVALIATIVO 1

 

Tema: As bandas musicais neonazistas.

 

ATIVIDADE 1

Após a leitura do texto "Cabeças Ocas" (postagem anterior), faça uma pesquisa sobre as bandas neonazistas, escolha uma de suas músicas e responda:

1.    Nome e nacionalidade da banda;

2.    Nome, letra e características da música escolhida;

3.    Características nazi-fascistas presentes na letra.

 

ATIVIDADE 2


Elabore um slogan, uma charge ou um panfleto contra estes movimentos neonazistas.

 

INSTRUÇÕES:

 

a)    Grupo de, no máximo,  5 (cinco) alunos;

b)   O trabalho deve ser feito em papel almaço;

c) Nome completo e número dos componentes do grupo;

c)    Colocar bibliografia e/ou webgrafia;

d)   Demais informações em sala de aula.

                     




 

 

 

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

NEONAZISMO no Brasil

 

Caros alunos e alunas:

Abaixo, temos um texto sobre o NEONAZISMO no Brasil. O texto é antigo, mas fornece informações valiosas sobre a penetração desta ideologia na juventude e em suas músicas e manifestações culturais. Leia e reflita sobre os perigos desta ideologia para a sociedade brasileira atual.

Boa reflexão!

 

Gangues racistas e neonazistas saem do porão e usam a violência para divulgar suas ideias (Fonte: Revista Isto é, 07/10/1992).

 

CABEÇAS OCAS

 

Por MALU OLIVEIRA

 

Na noite de quarta-feira, 23 de setembro, uma briga entre gangues rivais interrompeu o show da banda americana Ramones no Canecão, no Rio de Janeiro. Sete pessoas ficaram feridas. Na madrugada de quinta-feira, 24, dois tiros foram disparados contra os muros da Rádio Atual, em São Paulo, e em seguida pichados com slogans contra nordestinos. No sábado, 26, túmulos do Cemitério do Centro Israelita, em Porto Alegre, amanheceram pintados com suásticas e frases pregando a morte dos judeus. Aparentemente isolados, os três episódios, na verdade, exibem a face comum de quase uma dezena de grupos de jovens que cresce no Sul do País: a violência como forma de auto-afirmação ou de divulgação de ideias conservadoras e racistas. Ao contrário dos milhares de estudantes que foram às ruas rios últimos meses defender a democracia e a ética na política, essas gangues, cuja característica mais visível é o cabelo cortado no estilo militar o que lhes deu a denominação "os carecas" , preferem usar seus músculos avantajados para caminhar na contramão da história e ressuscitar ideologias ultrapassadas como o Integralismo e o Nazismo.

 

Carecas do Rio de Janeiro, Carecas do Subúrbio, Carecas do ABC, Skinheads ou White Power. Nacionalistas ou separatistas, integralistas; ou neonazistas. O nome ou a ideologia pouco importa. O rosto quase sempre escondido por capuzes, corpo treinado em lutas marciais e eterna disposição para brigar são a marca registrada dessas gangues que vivem na periferia das grandes cidades e agem escondidas na certeza de que estão perturbando a ordem e infringindo leis. "Eles se consideram marginalizados pelas instituições e por isso não as respeitam", afirma a antropóloga carioca Márcia Regina da Costa, 38 anos, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e autora da tese de doutorado Os Carecas do Subúrbio caminhos de um nacionalismo moderno.

 

Anônimos até o mês passado, os Carecas do Subúrbio e os Skinheads ou White Power agem há mais de três anos, mas praticamente só eram conhecidos dos proprietários e frequentadores de casas noturnas, acostumados com as arruaças que eles promovem nos finais de semana. No dia 17 de setembro os dois grupos tiveram, porém, seus 30 minutos de glória. O programa Documento especial, exibido pelo SBT, colocou no ar representantes do White Power, o mais radical, em uma reportagem sobre o crescimento dos racistas e segregacionistas no Brasil. Macbaker, o apelido de um dos mais raivosos Skinheads, aproveitou, então, as câmeras da televisão para despejar seu ódio contra negros, judeus e nordestinos e defender a separação do Sul e Sudeste do resto do País. "Nordestinos são mestiços, raça inferior. Nós queremos viver sem estar esbarrando nesse tipo de gente", afirmou.



 

Provavelmente embalados com a súbita publicidade, os Skinheads passaram das palavras à ação. Uma semana depois do programa na tevê, atacaram a Rádio Atual, direcionada ao público nordestino estimado em mais de quatro milhões de migrantes só em São Paulo e que funciona junto ao Centro de Tradições Nordestinas um local de lazer que reúne centenas de pessoas nos finais de semana. Na madrugada de quinta-feira, 24, dois tiros disparados contra os muros da rádio interromperam um programa de forrós. No dia seguinte, os muros amanheceram pichados com suásticas; e a inscrição "Morte aos nordestinos". "Eu já havia recebido intimidações pelo telefone, mas com esse atentado eles passaram dos limites", diz o paulista José Masci de Abreu, 47 anos, proprietário da rádio e presidente do centro de tradições.

 

Alertada pela pichação na rádio e pelo programado SBT, a Secretaria de Segurança de São Paulo mandou abrir dois inquéritos policiais. A briga no Rio de Janeiro e as inscrições contra os judeus no cemitério de Porto Alegre também levaram a Polícia Federal a iniciar investigações sobre a atuação de grupos neonazistas no País.

 

Em São Paulo, o delegado Marco Antônio Veronesi, superintendente da PF, espera concluir em 20 dias a investigação preliminar iniciada na quarta feira, 30,"O racismo é crime hediondo e se identificarmos os integrantes dessas gangues eles vão responder a um inquérito , avisa Veronesi. "Ainda não há motivo para pânico, mas estamos preocupados porque esses crimes começam atacando uma minoria e acabam atingindo os alicerces de uma sociedade", diz o rabino Henry Sobel, presidente da Congregação Israelita Paulista.

 

O inquérito policial e a repercussão que as ações tiveram às vésperas do Ano Novo judaico, comemorado no domingo, 27, levaram os Skinheads a saírem de circulação. Reunidos no final de semana, os integrantes do White Power concluíram que Macbaker, Puga e Alemão, que assumiram em entrevistas aos jornais a autoria do atentado contra a rádio, se expuseram demais e que precisavam sumir da cidade por alguns dias. Embora com medo da polícia e da reação inicial da sociedade, eles prometem continuar a agir. "Isso foi apenas o começo. A violência é a forma de coação que temos para fazer valer nossas idéias", diz S.M.C., de 25 anos, um dos expoentes do grupo neonazista.


 

Casado, pai de dois filhos, S.M.C. trabalha como serralheiro em uma cidade da Grande São Paulo e cursa o colegial. Esconde o rosto atrás de um capuz, não diz o nome e tampouco o endereço com medo de ser identificado pela polícia. Anda armado quando sai para alguma pichação ou para brigar contra seus inimigos preferidos: Carecas do Subúrbio e punks.

 

"Eles são uns débeis mentais porque aceitam judeus, negros e nordestinos entre eles", afirma. O ódio de S.M.C. contra judeus, negros e nordestinos surgiu há pouco mais de três anos, quando abandonou a gangue, Carecas do Subúrbio, na qual estava desde 1984. Passou a ler a biografia de Adolf Hitler e os livros sobre o nazismo. Entrou em contato com os defensores do Fuhrer no Brasil, como o carioca Armando Zanine Júnior, 62 anos, presidente do Partido Nacionalista Revolucionário Brasileiro, e com o gaúcho Sigfried Ellwanger Castan, autor de livros que desmentem o holocausto.

 

"Eu já era um skin, mas estava no lugar errado, cercado de gente de raça inferior e de marginais", conta ele. "Hoje, só temos em comum o combate às drogas e aos homossexuais."

 

A gangue que hoje se intitula Carecas do Subúrbio e da qual saiu boa pane dos Skinheads surgiu em São Paulo como um grupo punk em meados da década de 70, na esteira do movimento que se formava na Inglaterra. Embora fossem fãs da banda inglesa Sex Pistols, que pregava a destruição da suástica e defendia ideias anarquistas, alguns dos seus integrantes adotavam o pensamento conservador dos Carecas ingleses, que haviam surgido em meados dos anos 60 e que se caracterizavam por combater os imigrantes - usavam a cabeça raspada para evitar que os cabelos fossem puxados pela polícia.

 

O movimento chegou ao Brasil meio descaracterizado, unindo várias tendências, mas todas ligadas pela marginalidade social e pela revolta contra sua condição de vida", conta a antropóloga Márcia Regina. No início da década de 80, as diferenças ideológicas e os métodos de ação acabaram levando a divisão desses grupos no Brasil. De um lado ficaram os punks, que incluíram desde anarquistas até nacionalistas e adotavam comportamentos menos conservadores em relação às drogas e aos costumes. De outro os Carecas do Subúrbio, nacionalistas ferrenhos, combatentes dos drogados e homossexuais.

 

Com quase 500 integrantes em São Paulo, o grupo experimentou um novo racha no final da década de 80. Surgiram, então, duas outras facções, que mantinham como característica comum o ódio a drogados e homossexuais, oculto ao corpo e a violência como forma de convencimento.

 

Os que defendem o integralismo de Plínio Salgado, todos homens e de classe baixa, formaram os Carecas do ABC, e passaram a ser temidos nas ruas de Santo André. os neonazistas criaram o Skinheads, que hoje também se in titula White Power e é formado por rapazes e moças de classe média, com idades entre 17 e 30 anos. A maioria concentrada na região metropolitana de São Paulo, tem ramificações em todo o Sul do Brasil e se correspondem com os grupos racistas estrangeiros. "Recebemos publicações e víde os dos Skinheads europeus e da Klu Klux Klan (Seita racista americana)", afirma o belicoso S.M.C., do White Power.

 

Dos Carecas do Subúrbio restaram em ao Paulo pouco mais de 50 pessoas, quase todos filhos de operários que moram na zona este da capital e que mantêm correspondência com grupos de Carecas de todo o Brasil. O mais forte deles está no Rio de Janeiro: os cerca de 50 jovens acusados de promover a baderna no Canecão e que começaram atuando no Partido Nacionalista Revolucionário Brasileiro, de Armando Zanine Júnior, mas que hoje garantem ter abandonado o culto a Hitler. "Não somos simpatizantes do nazismo e não fazemos segregação racial", afirma Marcelo Rocha Peixoto, 25 anos, um dos mais antigos integrantes dos Carecas do Rio de Janeiro.

 

"O barbarismo dos Skinheads acabou prejudicando grupos corno o nosso, que têm negros, nordestinos e judeus, pois agora qualquer careca vai ser caçado como nazista", diz Caçador, apelido de um estudante de enfermagem paulista, 23 anos, e que há oito faz parte do Carecas do Subúrbio.

 

Trabalhadores ou estudantes durante o dia, os Carecas e os Skinheads abandonaram a cabeça raspada para não serem mais identificados hoje usam o corte militar e até permitem alguns fios compridos. Coturnos ou botas nos pés, camisas de manga longa e gola alta para esconder tatuagens bandeiras, dragões e cachorros nos Carecas do Subúrbio, suásticas e aranhas nos Skinheads _, andam armados de correntes, soco inglês e, eventualmente, revólveres. Só saem à noite em grupos e perambulam pelas ruas à procura de gangues com quem duelar. "Individualmente eles não têm força nenhuma, são  covardes. O grupo é a proteção", diz a antropóloga Márcia Regina.

 

Valentes para atacar os bandos rivais ou amedrontar os homossexuais, os Carecas do ABC, por exemplo, ficam apavorados quando aparece um carro da polícia. "O importante é não ser notado, por isso nunca ficamos muito tempo no mesmo lugar, conta Carrasco, 25 anos, um dos líderes ou "general" do Carecas do ABC. Ao contrário dos Outros grupos, que não têm hierarquia os Carecas do ABC seguem disciplina militar. Carrasco e outros 15 Carecas costumam se encontrar nos finais de semana no paço Municipal de Santo André. o assunto é sempre o mesmo: "Os judeus devem ser eliminados porque são párias da sociedade e os homossexuais porque são degenerados."

 

Nos encontros, se divertem fazendo cara de mau para assustar as pessoas, mas não tocam em álcool ou mulher. "Mulher tem de ficar em casa, pronta para dar carinho", diz Chacal, 22 anos.

 

Separados pelas diferenças ideológicas sutis e pela composição racial dos grupos, Carecas e Skinheads têm em comum, além da violência, a crítica a todas as instituições sociais não acreditam em partidos políticos nem sindicatos e não seguem nenhuma religião, embora a maioria diz acreditar em Deus. São unânimes, também, em condenar a corrupção do governo Collor. Mas nenhum deles engrossou as manifestações dos jovens pró impeachment. "As passeatas foram o carnaval dos estudantes, coisa de filhinhos de papai, burgueses", diz Marcos da Rocha Peixoto, um dos Carecas do Rio de Janeiro.

 

Enquanto os estudantes faziam passeatas para defender a ética e a democracia, eles preferiam pichar muros e usar a força em combates a grupos rivais ou atacar minorias pacíficas.






 

 


 



quinta-feira, 5 de março de 2015

APRESENTAÇÃO


"Pensar que o homem nasceu sem uma história dentro de si próprio é uma doença. É absolutamente anormal, porque o homem não nasceu da noite para o dia.Nasceu num contexto histórico específico, com qualidades históricas específicas e, portanto, só é completo quando tem relações com essas coisas.Se um indivíduo cresce sem ligação com o passado, é como se tivesse nascido sem olhos nem ouvidos e tentasse perceber o mundo exterior com exatidão. É o mesmo que mutilá-lo."

Carl Jung


Este blog é destinado a todos os interessados na fascinante História da Humanidade e seus intricados labirintos.

Todos os comentários e perguntas serão bem-vindos, desde que pertinentes aos temas e aos textos.

Boa leitura e bom estudo !

Prof. Omar de Almeida


METODOLOGIA DE ESTUDO:


ROTEIRO PARA LEITURA E ESTUDO

Uma das maiores dificuldades dos buscadores atuais é a leitura e sua interpretação. Às vezes um texto muito interessante passa despercebido porque não sabemos ler!

Saber ler não é simplesmente ser alfabetizado.
Saber ler é conseguir pensar com o autor, compreendê-lo e criticá-lo.

Apresentamos abaixo um pequeno roteiro para auxiliá-lo em sua leitura:

* Ler uma vez com atenção
* Anotar as palavras desconhecidas
* Procurar no dicionário seu significado
* Reler o texto
* Sublinhar (ou marcar) as ideias mais importantes
* Anotar as críticas e observações
* Discutir as ideias principais do texto com seus colegas.


Atenção:

Nunca aceite opiniões prontas e definitivas! Quando ler um texto, de qualquer assunto, sendo possível, procure outras fontes e autores, analise e tire sua própria conclusão!!


Boa Leitura!!